APRESENTAÇÃO DO TEMA
O Heavy Metal surge como fenômeno cultural no final dos anos 1970 e inicio dos anos 1980 na Europa Ocidental (principalmente Inglaterra) e Estados Unidos logo se espalhando pelo mundo nos anos seguintes, alcançando todos os cinco continentes e tornando-se hoje uma verdadeira “tribo global” [1].
A durabilidade desse gênero musical e sua aceitação entre os jovens é tamanha que é bastante comum em qualquer cidade ocidental mesmo pequena, nos deparar com grupos de jovens cabeludos trajando calças jeans e camisetas pretos com estampas divulgando o nome das mais diversas bandas dos mais diversos países.
Esse poder de atração é salientado por Janotti: “É fascinante o enorme poder de sedução que o rock e em especial o Heavy Metal, vem exercendo sobre a juventude contemporânea. O Rock Pesado não é simplesmente um estilo musical, mas um espaço em que é possível vivenciar um sentimento diante do mundo contemporâneo” [2].
A origem desse gênero musical remonta ao final dos anos 1960 no auge da efervescência cultural e da contestação juvenil em praticamente todo o mundo, principalmente na Europa, Estados Unidos e América Latina, aí incluso o Brasil, onde movidos por uma vontade de desafiar os mais diversos poderes em suas sociedades, jovens de várias partes do mundo foram às ruas promovendo grandes manifestações que sacudiram o planeta no período.
Com esses movimentos, a juventude surge como fenômeno cultural e político no mundo ocidental, marcando profundamente o mundo pós-guerra. O Maio de 68 na França, os movimentos pelos direitos civis e contra-culturais nos Estados unidos, o movimento estudantil e as grandes passeatas no Brasil e América Latina, os movimentos de libertação colonial na Ásia e África ilustram uma série de ações ocorridas neste período, atestando também o alcance mundial dessas reivindicações, bem como, o protagonismo da juventude nessas ações.
Essas ações e movimentos claramente contestavam a sociedade vigente e o “status quo” das sociedades, seja na luta contra o consumismo desenfreado, a defesa de bandeiras ecológicas, a luta contra a pobreza, a busca por democracia e liberdade, o desejo de independência, a emancipação feminina e muitas outras bandeiras abordadas por esses movimentos.
Além da luta contra os valores estabelecidos, esses movimentos também tinham outras características comuns, como a já citada grande participação da juventude como seus integrantes, além do fato de terem a música como grande elemento de catalisação desses movimentos e principalmente o rock[3].
Este ritmo, no seu inicio era “... essencialmente uma música afro-americana... Os ritmos sincronizados, a voz rouca e sentimental e as vocalizações de chamado e resposta características dos trabalhadores negros eram parte da herança da música africana e tornaram-se tijolos com os quais o rock and roll foi construído...” [4].
Com o passar do tempo, este ritmo musical recebe várias contribuições, tanto de músicos brancos como de latinos a ponto de tornar-se um fenômeno cultural de juventude que se alastra no mundo nos anos 1960 e torna-se um verdadeiro porta voz e trilha sonora de grande parte dos movimentos de contestação da juventude nesse período, principalmente dos hippies, grupos de jovens que utilizavam roupas coloridas r que adotavam para si o lema “paz e amor”.
Essa “era do paz e amor” tem seu auge no festival de Woodstock ocorrido nos arredores da cidade norte americana de new York no ano de 1969 e que é visto hoje como o grande ápice da celebração e da comunhão do movimento hippie mundial.
Curiosamente no mesmo ano e país, acontece um fato que também é visto como um marco de mudança e fim dessa era “paz e amor”, num show do grupo inglês Rolling Stones em Altamont Raceway em dezembro de 1969, quatro jovens foram mortos (entre eles um negro) pelos seguranças deste festival.
Esse fato choca a comunidade rock e deixa muitos jovens desiludidos com o lema hippie. Além disso, a intensa repressão aos hippies e aos movimentos libertários deflagrada pelos conservadores durante toda a década de 1960 começa a surtir seus primeiros efeitos.
Nesse momento, parte da juventude que acreditava no slogan dos hippies começa a voltar para casa cansada e frustrada, substituindo suas antigas esperanças por uma nova forma de ver o mundo. Esse sentimento se torna a tônica de parte da juventude dos anos 1970 e seus efeitos sobre o rock são imediatos, ocorrendo várias subdivisões do estilo, tendo uma parte desses jovens músicos procurado consolidar um tom mais erudito ao rock com o folk-rock e o rock progressivo e outra parte procurado algo mais forte, pujante e que tenha um maior impacto ao vivo. È desse último sentimento que surge o Heavy Metal.
A temática sombria e a desesperança no mundo começam a surgir como temática lírica de bandas como a inglesa Black Sabbath[5] e ao longo da década de 1970, esse ritmo vai evoluindo e se modificando no mesmo período em que ocorre toda uma ofensiva conservadora destinada a desmontar todo o ideal libertário dos anos 1960 bem como, do ponto de vista econômico, de desmonte das conquistas sociais alcançadas pelo Welfare State[6] em parte da Europa e Estados Unidos nesse período, principalmente após a chamada “crise do petróleo” ocorrida em 1973-1974[7].
Com esta crise, que logo tem como um de seus efeitos a retração da economia dos países ricos e também nos países em desenvolvimento como o Brasil, os ataques ao Welfare State e aos movimentos de contestação ganham um maior fôlego ao ponto de promover nos países ricos um grande fortalecimento do pensamento conservador e de partidos e políticos alinhados com pensamentos mais repressores. Tal efeito tem seu ápice com a ascensão dos conservadores Ronald Reagan nos Estados Unidos e Margareth Tatcher na Inglaterra nos respectivos cargos de presidente e primeira ministra.
Esses governos representam a grande vitória do pensamento neoliberal[8] no mundo ocidental desenvolvido e causam uma série de conseqüências sociais, econômicas e políticas em todo o globo, tendo como efeito imediato, um sombrio quadro de gradativo aumento do desemprego, chegando a alcançar uma média de 9,2% na comunidade européia nos anos 1980[9], ressurgimento da inflação, da pobreza, aumento no índice de criminalidade[10], bem como do individualismo conservador.
Com essas profundas transformações desse período, fica patente que os anseios da juventude também sofram uma série de alterações, pois o mundo que se abria pra esses jovens, não era o mundo que tentava se reconstruir e reacender a esperança na humanidade após a derrota do nazi-fascismo.
Este novo mundo era um mundo de retorno de um conservadorismo latente e um mundo onde boa parte dos países desenvolvidos tinham á frente de seus governos partidos e políticos conservadores, um mundo onde em praticamente toda a América Latina vinha de quase duas décadas de sucessivos e truculentos governos militares.
Neste novo mundo do inicio dos anos 1980, uma boa parcela da juventude não mais se identificava com o lema “paz e amor”, não mais tinha esperanças na humanidade, espremidos entre a “era hippie” e esses duros novos tempos, eram uma geração ainda a procura de uma identidade.
O Heavy Metal veio como um reflexo desses duros tempos, e tal agressividade sonora pode ser entendido como um reflexo de uma era de intensa crise capitalista, crise esta que vinha desde os anos 1970 e estoura como uma bomba no rosto da juventude dos anos 1980:
“Los 80 eran uma época muy dura. La década que dejó al pobre heavy metal que se estampasse contra el asfalto como si fuera um inválido aporreado por matones, fue la misma década em la que tuvo lugar ataques a lãs minorias, ataques a los pobres, ataques a lãs letras das canciones, ataques em lãs líneas aéreas, ataques a granad, ataques a líbia, derrota em el Líbano, negócios sucios em Iran, guerras súcias em Sudamérica e ignorância de los gobiernos. Si, cuando el heavy metal colisionó com los 80, heavy metal estabe ahí de forma asombrosa.”[11]
Esse sentimento de revolta e impotência tem seus primeiros reflexos musicais com o punk tanto na Inglaterra como nos Estados Unidos, este estilo musical da juventude pobre e urbana de cidades como Londres e New York em meados dos anos 1970 nada mais era que um grito de contrariedade não só a situação de penúria que se encontrava essa juventude, mas também um grito contra o stabilishment do rock.
No fim da década de 1970, na Inglaterra, parte da estética punk e da liberdade musical e lírica do punk é abraçada por uma nova geração do Heavy Metal britânico, essa junção forma o que se convencionou chamar de New Wave Of British Heavy Metal[12]·, ou simplesmente NWOBHM.
O NWOBHM surge na Inglaterra num momento em que a situação econômica e social da Inglaterra sofria uma série de agravantes. A taxa de desemprego havia atingido o patamar de 20% no final dos anos 1970, combinado com uma inflação crescente, levando a situação ao ponto de um estrangulamento da economia, gerando a pior situação econômico-social da Inglaterra desde a Segunda Guerra mundial.[13]
Um marco de como essa situação foi refletido pelo Heavy Metal é analizar-mos o grupo inglês Motorhead através da figura de seu líder Ian Kilmister, mais conhecido como Lemmy, um ex roadie do guitarrista norte americano Jimi Hendrix, feio, utilizando um visual que incluía cintos de balas de revólver, coletes jeans, camisas de cowboy, com uma temática lírica que versava abertamente sobre sexo, drogas e rock’n’roll.[14]
Lemmy è a verdadeira representação dessa geração que passou pela desilusão do “paz e amor” e se viu jogado na disputa selvagem e individualista da crise do início dos anos 1980. Não era de se estranhar que das várias tatuagens que traz em seu corpo, podemos destacar uma que dizia “Born to lose” [15], era essa a nova geração que surgia perdida, desiludida tanto com a contestação quanto com o conformismo, uma geração que procurava seu espaço, e seu grito não poderia ser tranqüilo, seria violento, essa geração efetivamente estava “screaming for vengence” [16], mesmo às vezes não sabendo efetivamente contra o que ou quem.
A NWOBHM cruza o Atlântico e caem nas vidas e ouvidos de jovens norte americanos tão perdidos quanto os ingleses em sua busca por sentido de mundo numa economia em crise gerida por um governo conservador (Ronald Reagan). Logo, bandas como Judas Priest, Iron Maiden, Saxon, Dio, Tiger of Pan Tang, caem no gosto desses norte americanos que, numa autêntica antropofagia, após consumir essas bandas inglesas, também passam a montar suas próprias e a procurar uma identidade dentro desse segmento.
A identidade desses jovens norte americanos começa a ser moldada até o seu produto final que é o Thrash Metal[17], que segundo Leão: “O thrash era ao mesmo tempo uma revisão do heavy metal, uma incorporação dos ideais punks e um amálgama de influências da cena hardcore americana com o contemporâneo death metal e as experiências crossovers de algumas bandas pós-punk. Em suma, um grande liquidificador” [18] [19]
O trash metal teve como seu epicentro, a região da chamada Bay Área (área da baía) da cidade californiana de San Francisco, não por mera coincidência, a cidade de San Francisco era a verdadeira Meca do movimento hippie dos anos 1960, podemos dizer que a sede mundial do movimento “paz e amor”, a tal ponto que um dos lemas dos viajantes que iam até ela nesse período era: “Se você estiver vindo a San Francisco / Não esqueça de colocar flores em seus cabelos”.[20]
Como essa região acabou se tornando o grande centro do movimento hippie mundial, não é de se estranhar que também, com a desilusão do lema “paz e amor” em acabasse se tornando o símbolo de sua contestação e rejeição pelos jovens que ali habitavam e que viram todo esse sonho se desfazer com a ascensão conservadora já abordada aqui.
O Trash Metal foi produto dessa realidade da década de 1980 como já citado aqui por Lars Ulrich, baterista de uma banda que foi uma de seus principais protagonistas. O Trash tinha uma temática lírica que abordava temas como bebedeiras, violência, a vida na estrada e a exaltação ao “estilo metal” de ser. Era outro verdadeiro produto da realidade dura dos anos 1980.
Este clima catastrófico e de depressão também é sentido no Brasil, por uma juventude que se ressentia de quase vinte anos de ditadura militar, principalmente após a falência do projeto econômico governamental ocasionado pelas crise do petróleo, crise essa que era agravada com a repressão política e a ausência de democracia.
Como conseqüência da crise econômica e da repressão, o país apresentava um gigantesco aumento da pobreza e da concentração de renda, uma assustadora escalada de violência e miséria, uma dívida externa monumental e uma inflação que chegava, usando um termo da época, a ser galopante.
Para a juventude brasileira, a exemplo da norte americana e inglesa, o começo dos anos 1980 também era um período de extrema desilusão. Nem o sonho socialista dos estudantes dos anos 1960, nem a promessa do “Brasil potência” feito pelos militares haviam vingado e, em seu rastro estava uma geração que não acreditava na economia, nos políticos e no próprio país. Esse sentimento era agravado pela falta de liberdade como bem ilustra essa composição de Roger Rocha Moreira intitulada “Inútil” de 1983:
“Agente não sabemos escolher presidente
Agente não sabemos tomar conta da gente
Agentes não sabem nem escovar os dentes
Tem gringo pensando que nóis é indigente
Inútil
Agente somos inútil” [21]
Apesar de toda essa crise, é também nesse período que começa a se consolidar no Brasil, um mercado de música jovem tendo uma série de grupos de rock brasileiro se destacado nessa época, tais como: Legião Urbana, Ultraje á Rigor, Ira, titãs, Paralamas do Sucesso, etc.
Esses grupos adotavam o pop rock e o punk rock como forma de expressão e bebiam diretamente das fontes inglesas e norte americanas inspiradas em bandas como The Police, The smiths, Joy Division, U2, Sex Pistols, Ramones, entre outros.
Cabe aqui ilustrar que, como conseqüência da própria Guerra Fria[22] e do alinhamento do governo militar brasileiro com os Estados Unidos, a presença cultural norte americana em nosso país era bem comum e, portanto, ao contrario da geração anterior que via o rock como elemento de dominação do imperialismo norte americano, esta nova geração que cresceu nos anos de chumbo não tinha maiores problemas em usar o rock como expressão cultural.
Ao serem taxados de alienados pela geração anterior, essa nova geração da música brasileira que não usava a mpb para se expressar respondia que: “O que vocês querem? Somos uma geração que cresceu ouvindo nas rádios músicas cantadas em inglês e ouvindo Caetano cantando London London.” [23]
Em relação ao heavy metal no Brasil, já em meados dos anos 1970 podemos constatar que bandas como Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple, entre outras, já tinha, algum público ouvinte no país, público esse formado por um contingente predominantemente jovem.
Neste período, para o público fã desse gênero no Brasil, ainda imperava uma extrema dificuldade para se ter acesso aos discos e material das bandas, pois, não havia lojas nem programas especializados no gênero e as revistas e discos importados eram praticamente inacessíveis a esmagadora maioria dos fãs do gênero tanto pela dificuldade de encontrá-las como pelo alto custo.
A carência do público era tanta que, no Rio de Janeiro, a rádio Fluminense ao promover um evento chamado “TV Maldita” com apresentações de vídeos de bandas estrangeiras, ocasionou uma verdadeira peregrinação de fãs á esta cidade e no evento os jovens roqueiros pulavam e gritavam como se estivessem num show ao vivo.[24]
Por estas dificuldades, não é de se estranhar que o Rock in Rio I de 1985 seja lembrado até hoje como o grande marco de chegada e divulgação do heavy metal no Brasil. Foi nesse festival, ocorrido na cidade do Rio de Janeiro que o Brasil inteiro pode constatar assustado que aqui havia uma parcela significativa da juventude que tinha uma grande descrença no país e que não tinha mais como ídolos os velhos medalhões da mpb, mas sim, um bando de estrangeiros cabeludos que se vestiam de preto e falavam no diabo.
O festival trouxe ao país bandas como Ozzy Osbourne[25], AC/DC, Queen, Yes, Whitesnake, Scorpions e Iron Maiden, o que para os fãs do gênero representava uma verdadeira apoteose, ao ponto de caravanas de todo o país se dirigirem ao Rio de Janeiro para assistir ao festival.
Também foi na visibilidade do Rock in Rio que os jovens fãs de heavy metal mostraram ao país suas convicções em relação ao Brasil. No dia 15 de janeiro, no momento em que foi anunciado o resultado do colégio eleitoral dando a vitória a Tancredo Neves sobre Paulo Maluf, pondo assim um fim aos vinte anos de ditadura no país, não foi com as tradicionais canções dos ativistas da redemocratização que o público heavy metal saudou esse resultado.
Foi com um coro de 60 mil vozes gritando “Eu, eu, eu, o Maluf se fodeu!” que este público comemorou o resultado, ou seja, sem nenhuma referência ao vencedor ou demonstração de fé no futuro. De fato o mineiro Tancredo Neves estava longe de ser o candidato dos sonhos dessa juventude e por outro lado, aqueles jovens também estavam longe de encarnarem a juventude ideal de Tancredo:[26]
“A minha juventude, a juventude por quem eu tenho apreço e admiração, não é a do Rock in Rio” [27]
Durante o festival, por várias vezes os fãs de heavy metal demonstraram não ter nenhuma relação de admiração por figuras consagradas da mpb, só para ilustrar artistas como Ney Matogrosso foi efusivamente vaiado e Erasmo Carlos além das vais teve pedras arremessadas contra ele ao ponto de não poder dar seguimento á sua apresentação.
Sobre isso, Erasmo falou mais tarde: “Nem os metaleiros sabiam que eram tantos. Eles são poucos, isoladamente. Vieram do Brasil inteiro e se encontraram, sentiram-se muitos naquela hora. E, com a agressividade deles, ficaram mais fortes ainda.” [28]
Do festival Rock in Rio, podemos extrair que mostrou ao Brasil um novo segmento da juventude, agressivo, e que não tinha nenhuma deferência com esse Brasil de outrora, tanto da esquerda como da direita, nem mesmo se identificava com o Rock praticado pelas bandas pop nacionais, eles tinham seus próprios ídolos e um comportamento que chocava as pessoas que os viam.
Após esse evento, que foi transmitido também pela TV, dando oportunidade até para quem não foi aos shows verificar parte da apresentação das bandas que nele se apresentaram, um infindável número de fãs e de bandas começam a pipocar por todo o país:
“Bandas pipocavam em cada esquina. Em pouco tempo, cada grande cidade brasileira ganhou sua cena local. Belo Horizonte tinha Sepultura, Overdose, Chakal, Holocausto, Sarcófago, Metal Massacre, Armageddon e Sagrado Inferno. No Rio havia Dorsal Atlântica, Azul Limão, Kronus, Taurus, Attica, Metralion, Metalmorphose, Necromancer, Explicit Hate e Bíblia Negra. Mas São Paulo era a verdadeira capital brasileira do heavy, com korzus, Vulcano, Vodu, Avenger, Minotauro, Vírus, Salário Mínimo, Atomca, Veja, Antares e algumas dezenas de outras bandas.” [29]
Além dessas grandes capitais, também nos estados e cidades mais afastadas começam a aparecer um grande número de fãs e bandas desse gênero em lugares tão díspares como distantes um do outro como Porto Alegre, Recife, Rio Branco, PortoVelho Salvador, Fortaleza etc.
Analisar essa conjuntura política econômica e social que levou á chegada e o fincar raízes do heavy metal no Brasil, suas diversas interpretações e a própria relação dos adeptos com o estilo e com a sociedade é o objetivo desta proposta de projeto.
[1] Dunn, A headbangers journey (XXX)
[1] Janotti (1994)[1] Brandão, Duarte (1990)
[1] Friedlander (2006)
[1] Sabá Negro, uma invocação de bruxas para celebrar e fazer o mal. Um sentimento bem diferente da paz e amor dos hippies.
[1] Dunn, A headbangers journey (XXX)
[2] Janotti (1994)
[3] Brandão, Duarte (1990)
[4] Friedlander (2006)
[5] Sabá Negro, uma invocação de bruxas para celebrar e fazer o mal. Um sentimento bem diferente da paz e amor dos hippies.
[6] Termo em inglês que significa Estado de Bem Estar Social, também conhecido como Keynesianismo (em alusão ao economista inglês John Maynard Keynes, um de seus principais idealizadores), esta política aplicou no mundo ocidental (basicamente Europa Ocidental e Estado Unidos, mas também com alguns reflexos em outras partes do mundo) uma série de medidas de proteção social e de distribuição de renda visando diminuir o abismo social existente entre ricos e pobres.
[7] Momento histórico onde os países exportadores de petróleo de maneira unilateral triplicam o preço do barril de petróleo para os países ricos em represália ao apoio dos países ocidentais ao estado de Israel.
[8] Conjunto de pensamentos econômicos idealizados por Friedrich Von Hayek e outros pensadores, que tem como intuito fortalecer o capitalismo liberal e desmontar as conquistas sociais doa anos 1960. Tal pensamento tem como grande laboratório de aplicação no Chile de Pinochet (1970), mas é com a sua ascensão nos Estados Unidos e Inglaterra que consegue se espalhar pelo mundo numa grande ofensiva internacional nas décadas de 1980 e 1990.
[9] Hobsbawm (1995)
[10] Entre 1979 e 1993, o número de presos por 100 mil passou de 23 para 52 na Holanda, de 44 para 62 na Noruega e de 37 para 117 na Espanha. Mazower (2001).
[11] Lars Ulrich, baterista da banda norte americana Metallica, (apud Crocker, 1993).
[12] Nova Onda do Metal Britânico em tradução livre.
[13] Christe (2010)
[14] Ibid;
[15] Nascido para perder, Christe (2010)
[16] Gritando por vingança, disco da banda inglesa Judas Priest.
[17] Metal porrada, em tradução livre.
[18] Leão (1997)
[19] Obs: os termos e um breve histórico do que é o hardcore, death metal, crossover serão abordados e explicados pelo autor na realização desse projeto.
[20] Canção do grupo The Mama’s & The Papa’s, verdadeiro símbolo do que acontecia nessa região nos anos 1960.
[21] Apud, Brandão, Duarte (1990).
[22] Denominação como focou conhecida a disputa político-ideológica entre Estados Unidos e URSS no pós-guerra.
[23] Renato Russo, vocalista do grupo Legião Urbana, justificando em uma entrevista o porquê de gostar de rock.
[24] Barcinski, revista Flashback n. 3 (2004)
[25] Ex-vocalista do grupo Black Sabbath.
[26] Barreiros, Só (2005)
[27] Declaração de Tancredo Neves feita dias antes. Apud Barreiros, Só (2005)
[28] Ibid;
[29] Ibid;
[1] Termo em inglês que significa Estado de Bem Estar Social, também conhecido como Keynesianismo (em alusão ao economista inglês John Maynard Keynes, um de seus principais idealizadores), esta política aplicou no mundo ocidental (basicamente Europa Ocidental e Estado Unidos, mas também com alguns reflexos em outras partes do mundo) uma série de medidas de proteção social e de distribuição de renda visando diminuir o abismo social existente entre ricos e pobres.
[1] Momento histórico onde os países exportadores de petróleo de maneira unilateral triplicam o preço do barril de petróleo para os países ricos em represália ao apoio dos países ocidentais ao estado de Israel.
[1] Conjunto de pensamentos econômicos idealizados por Friedrich Von Hayek e outros pensadores, que tem como intuito fortalecer o capitalismo liberal e desmontar as conquistas sociais doa anos 1960. Tal pensamento tem como grande laboratório de aplicação no Chile de Pinochet (1970), mas é com a sua ascensão nos Estados Unidos e Inglaterra que consegue se espalhar pelo mundo numa grande ofensiva internacional nas décadas de 1980 e 1990.
[1] Hobsbawm (1995)
[1] Entre 1979 e 1993, o número de presos por 100 mil passou de 23 para 52 na Holanda, de 44 para 62 na Noruega e de 37 para 117 na Espanha. Mazower (2001).
[1] Lars Ulrich, baterista da banda norte americana Metallica, (apud Crocker, 1993).
[1] Nova Onda do Metal Britânico em tradução livre.
[1] Christe (2010)
[1] Ibid;
[1] Nascido para perder, Christe (2010)
[1] Gritando por vingança, disco da banda inglesa Judas Priest.[1] Metal porrada, em tradução livre.
[1] Leão (1997)
[1] Obs: os termos e um breve histórico do que é o hardcore, death metal, crossover serão abordados e explicados pelo autor na realização desse projeto.
[1] Canção do grupo The Mama’s & The Papa’s, verdadeiro símbolo do que acontecia nessa região nos anos 1960.
[1] Apud, Brandão, Duarte (1990).
[1] Denominação como focou conhecida a disputa político-ideológica entre Estados Unidos e URSS no pós-guerra.
[1] Renato Russo, vocalista do grupo Legião Urbana, justificando em uma entrevista o porquê de gostar de rock.
Nenhum comentário:
Postar um comentário