segunda-feira, 2 de maio de 2011

III Abril true Metal


THRASH ATACK!!!! VIOLATOR na Amazônia Acreana, no III Abril True Metal.

* O (x) ao longo do texto almeja a inclusão de ambos os gêneros, deste modo, destituindo a supremacia do masculino.

Por Nonoca ( batera da Guerrilla PA44)


Olá à todxs!,
O texto a seguir não segue uma lógica cronológica dos acontecimentos, mas associativa dos fatos, dado que não consegui pegar todos os set list das bandas, nomes dos integrantes ( por favor façam adendos , que aflorem o sentimento de co-autoria pra juntxs enriquecer o texto, mediante comentários..., pois cada um têm suas impressões (cada caso é um caso); essas são as minhas!).

Thrash atack!, death, heavy, noise, gore... eis o cenário em volto da noite do dia 30 de abril no espaço Cultural Quadrilhodromo- Tucumã. Evento realizado por Dream Cry Prod & uma rede de colaboradorxs. Evento esse que materializou uma rede de solidariedade y amizade de pessoas comprometidas com a cena underground do “Acre, Rondônia y DF”. Pessoas essas num sentido ampliado, pois se trata de uma gama de atores sociais, de produtoras, bandas, head bangers,... ambos envolvidos e comprometidos com o desenvolvimento da cena , aonde os quais são imprescindíveis para essa acontecer e sobreviver no espaço /tempo acreano, como rondoniense, brasiliense y mundo.
VIOLATOR formado no começo dos anos 2000, de feeling sonoro fundamentado no THRASH old school , com riffs grudentos, pesados e principalmente velozes, “sem inovações”, ou seja, aberturas a outras nuances sonoras y graças da arte, pois são consciente em seguir a filosofia oitentista do thrash metal europeu y americano pautado em Slayer, Kreator, ( os primeiros álbuns), Dark Angel, Destruction etc. ( mas são as particularidades culturais, entre outros é que foge a uma certa padronização tanto lírica, quanto sonora dessa contracultura subterrânea), eis o salto qualitativo!. Idéias, e postura baseados no faça-você mesmo (DIY), prova disso é suas ações no DF, os quais “fazem parte disso como um Movimento, que é o Coletivo Caga Sangue Thrash” indo de encontro ( denunciando o) ao status quo, as grandes corporações fonográficas, produtoras culturais, estas com suas políticas pautados na industria cultural, no mercado, ( aliás que induz muitas bandas a buscarem a ferro y fogo o estrelismo, o mainstream do metal) ditam, podam toda ação, essências que almejam uma produção underground livre, com certa autonomia “sem heróis, ídolos e deuses”. (ver mais sobre essa postura da banda na entrevista feita por Mayara Montenegro, colaboradora do blog Acre metal com a banda, antes de sua vinda à Rio branco).
Já gravaram a demo, “Killer Instinct”, gravada ao vivo,( 2002), os CDs “Violent Mosh” (2004), “Chemical Assalt” (2006), Violator – “Annihilation Process” (EP-320 (2010), participaram da primeira coletânea do Web Zine Metal Vox (Ver metalpesado.com.br). Com boa repercussão nacional como internacional atravessaram o oceano atlântico, fizeram turnês na Europa, foram ao Japão. E, nas antípodas desse movimento, chegam a Amazônia acreana para tocarem no III Abril True Metal.
Todxs estavam sedentos, na expectativa do som da Violator, mormente xs que acompanham a banda a tempo. (vale citar alguns deles, os mais exacerbados, o Patife (Raw Ride), Alan (Discórdia), o João “biba” (atual Atomic beer,...entre outros( acho que ambos tiveram vários orgasmos sonoros durante a apresentação da banda hehehe).
Após muita “correria” com logística, local, som, bandas, estava pronto o palco da festa. Festa essa que o “aparelho repressor do estado” quase atrapalha, mas, felizmente não aconteceu isso.
A festa thrash undeground proporcionada pelo Violator foi enriquecida com uma gama multifacetada tanto sonora como lírica de bandas de abertura, tais como, a DISCÓRDIA , RAW RIDE, SUICIDE SPREE, PUTRID GORE(RO), Y FIRE ANGEL. ( por motivos maiores, a Fire Angel gentilmente tocou após a pancadaria da apresentação do Violator).
A DISCÓRDIA ( Wilisses, Ricardinho, Ri y Alan) sobe ao palco do III Abril true metal pela primeira vez, haja vista, que a mesma apareceu recentemente no cenário. Seu set list foi rápido, típica desse estilo, com 9 noises autorais ( set list gentilmente cedida por Wilisses- vocal), tais como “ Politicians”, “Act” e “Norte” ( que compõem seu CD/DEMO -Idem gravado recentemente). e um cover dos mestres do grind core - Napalm death - “you suffer”. Boa recepção do público ao som da banda. Destacamos que a mesma vai toca no próximo 5 de maio no palquinho do dce na UFAC, ao lado da Guerrilla PA44, Zona IX, Violação anal, e Atomic Beer ( a confirmar), entre outros; mais um evento dos Coletivo Underground - o CU - Diversidade y carapanâ.
A RAW RIDER por sua vez faz uma apresentação coesa, entrosada, pesada ( Harrison, Beto, Bala y Patife( 0ps! o Victor) puro metal old scholl , nas vertentes do Iced Eart, mormente o velho metallica, seu vocal (Talissin Nobre) fora elogiado pelo Violator. ( O patife não passou o set list), mas os sons apresentados fora praticamente do EP “Warrior Of Beer” , tais como parte da “Lord of death” , “Morbid Slence”como intro se não me engano.
Como sempre a SUICIDE SPREE ( Berg - Magrão batera, Caio -guitarra y Vagne vocal) mandou muito bem seu som autoral calcado no viés extremo, técnico a flor da pele, com uma cozinha entrosada, esbanjou velocidade, quebradas e criatividade em sua apresentação fundamentada num universo sonoro múltiplo que viaja por várias vertentes do metal. Boa apresentação, a qual mostrou sua arte à ouvintes de outras paragens, de Porto velho, Brasília , ...´é de se destacar a pro-atividade de Magrão, na contribuição e ajuda que o mesmo tem dado ao momento, como exposto por Ricardinho Dream Cry.
Impactante acredito eu, foi a apresentação da PUTRID GORE ( Rangel baixo/ vocal, do amigoNeoman bateria y Cássio na guitarra) estilo esse ainda não apresentado por essas paragens, “Death Splatter Brutal de Porto Velho/RO Banda formada em 2006” ... Putrid Gore tem como principal influência bandas como Cannibal Corpse..., fez a alegria dos amantes desse estilo, sons autorais como “putrid bitch”, “primitive tolerance”, “ methodical disfigurement”, “Maggots” entre outros, ao todo de 10 sons ( set list cedido gentilmente pelo baixista vocal). Levou a galera ao pogo. A pegada da banda, mormente a bateria de Neomam e o vocal fizeram-me sentir num show do Carcass (antigo), Flesh grinder, etc. vida longo a banda!. Esperamos lançamentos de CDs. EPs. É de pontuar a força que Neomam, entre outros atores da cena de RO tem proporcionado ao longo desse intercâmbio à cena acreana.
A FIRE ANGEL em sua já característica apresentação calcado no metal tradicional y melódico, mormente nas veias do velho Iron Maiden mandou um longo set list, haja vista que fecharam à festa, como exposto na fala de João “já que a polícia não voltou, vamos quebrar o script” y tocaram vários cover, tais como “The trooper”, etc da donzela de ferro, músicas autorais, como a “The land of the king” primeira a ser tocada, essa e outras estarão no CD, intitulado “Fire”, que saira em maio (Informações cedidas por João, vocal Fire Angel). Sua apresentação passou por momentos de turbulência no final, acho eu, minhas impressões, que devido aos "over drives" que seu front man ingeriu, seu discurso causou certa ambiguidade, aos expectadores. Acho que o mesmo confundio a crítica a um "estrelismo" de certas bandas que vinheram tocar por aqui com outras temáticas meio nebulosa, principalmente pra quem da platéia eram de outros biomas do país. Mas no geral, a polícia não voltou e encerrou-se a noite memorável do thrash metal, death,gore, noise.
Enfim, a VIOLATOR ( Poney - baixo y voz, Capaça y Cambito -guitarras y Batera- bateria) para a alegria do público sobe ao palco ( ops! Apesar do palco alto, fisicamente,não foi obstáculo, de separação entre banda y público) a banda mandou muito, “de maneira simples” thrash Atack, cru levando o público a agitar-se num pogo geral, não conseguir pegar o set list com a banda, mas de cara, mandaram sons de seus álbuns acima citados, tais como uma que gosto muito a excelente “ futurephobia” , do EP Annihilation Process, do caralho!.
Durante a apresentação o batera exclamou “que calor!”; imaginas se fosse nos meses de intenso verão y das queimadas. Comparando com DF e seu clima ameno, onde o mesmo dispersa o calor do sol, a sensação aqui é está numa “fornalha”. A discórdia é que vai sentir, curtir o clima do DF de perto (vão tocar por lá fim de ano?), bom pra tomar “over drive”, não cerva, mas pinga! Só não vão querer tomar banho no lago Paranoá, nem dormir nas paradas da W100, pode ser suas última vez; escutem Violator, DFC, Makakongs, Galinha preta...heheh
A banda dialogou o tempo toda com a galera, a respeito da relevância de pequenas ações pautados na cooperação, rede de amizades, entre pessoas em prol do underground “ todos somos pessoas de igual importância para que a cena exista; as pessoas que vão aos shows, que organizam shows, que toca em bandas, que fazem zines. Assim a gente acaba com a separação entre a banda e o público, e vemos todo mundo como parte de uma mesma comunidade. Não apenas ‘produtores e consumidores’” ( Blog Acre metal). Prova disso foi à interação, momentos de sinergia antes, durante e após o evento da Violator com a galera local, horizontalmente, olho-no-olho, principalmente com contatos que curtem a banda. Atitude Massa!
Destacamos essa máxima, pois ela é hoje em dia sacrificada no altar do mercado, do estrelismo por muitas bandas que se dizem “underground” (olha a ambivalência do termo). Bandas essas que almejaram certo patamar e teriam tudo pra serem pro-ativos, contribuírem pra enaltecer a cena, na verdade se omitem, negam essas relações sociais tão importantes pra isso acontecer( falo isso porque são várias a queixas a esse respeito(eu me incluo), de bandas com essa atitude que pousaram por aqui) . Parabéns a Violator por transcender essa problemática. Que venha mais vezes ...viva o Thrash metal! , assim como outras guinadas que compõem o universo do underground, este tendo como ethos o DIY.

Fotos: Orkut do Alex Thrash Zone srs

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