Grande ansiedade. Nos Orkut e Msn, frases anunciavam a contagem regressiva. Em uma tarde de muito sol foram abertos os portões da AFELETRO, começava o V Feliz Metal.
Já com um bom público e conforme o horário previsto, às 17 h sobe ao palco Silver Cry. As guitarras empunhadas estavam quentes e encorpadas, com sua DimeBag Model construída por ele mesmo, o guitarrista Jardel Costa chama bastante atenção, além de desenvolver uma técnica virtuosa e precisa. Abrir um evento para muitos é motivo de tristeza, mas dessa vez a história foi diferente, Silver Cry iniciou a festa, esquentou o público e deu o seu recado muito bem, deixando os Bangers de plantão preparados para a banda seguinte.
A segunda banda da noite pelo visto é uma das preferidas dos “The Darkness”, só perdendo para Survive: Wildchilld atraiu muitos deles pra próximo do palco durante sua apresentação. Comentários cretinos à parte, a banda deu uma amadurecida, apesar de que as guitarras estavam embolando um pouco, ainda. O teclado deixou a desejar na música Sixpounder, do Children Of Boddom, que deveria ser uma das mais fortes da banda. O show dos caras foi bacana e bem empolgante, tendo seu ápice na música Aces High, do Maiden, que ficou muito pancada!
O som no palco B infelizmente estava muito alto e atrapalhou a audição, mas não a ponto de estragar as boas apresentações.
Mártires é a terceira atração, com um estilo singular perante as demais bandas, apresenta-se de forma coesa, muito bate cabeça, cabelos assanhados e bastante suor. Trilhando ali pelo Death Melódico, a banda chama atenção pela presença de duas guitarras, trabalhando bases, solos e duetos, além das diversas linhas de vocal executadas pelo vocalista Vagner, do Scream ao Gutural. Por problemas internos a banda tocou sem contra baixo, o que não implicou em nenhum agravante. A banda fez uma apresentação marcante e segue evoluindo a cada vez que se apresenta.
Em seguida Metal Live começou muito bem, levantando a galera. o Renato (vocal e guitarra) passou muita energia, rolou mosh e tudo mais. O problema veio a partir da segunda música, a guitarra de Lucas Montezuma não tinha som, demorou pra consertar, o batera tava sem retorno, rolou uma pausa que prejudicou mais ainda os ânimos do público. Quando a banda retomou o show, o público já tinha esfriado. A insatisfação dos integrantes era extremamente visível ao final do show. Vale ressaltar a nova música, apresentada pela primeira vez.
Por volta das 18:20 h sobe ao palco a Raw Ride. Talvez a maioria das pessoas esperassem uma Dream Healer com novo baterista, mas eles surpreenderam. Se o público não pudesse ver os integrantes e ouvisse as primeiras músicas da banda, não lembraria nem um pouco da Dream Healer. Com um som mais pesado e rápido, fizeram uma boa apresentação, o vocalista parecia mais solto tanto no palco como no vocal, o instrumental também melhorou, destaque para o Beto (guitarra) com seus solos bem trabalhados e para o novo baterista que também ajudou na nova sonoridade. Os covers de Heavy Metal Universe, de Gamma Ray e The Ripper, de Judas Priest também não deixaram a desejar. Apesar da quase imperceptível falta de entrosamento, a Raw Ride não decepcionou. Para um evento de tal porte tocar pela primeira vez é uma grande responsabilidade e nesse ponto a experiência pode ter sido crucial para uma boa apresentação.
Zebulom foi a sexta banda da noite e logo de cara mostrou evolução no vocal, com um gutural mais técnico e solto, além da limpeza no som. Metal extremo e limpo não é uma tarefa fácil, mas a Zebulom demonstrou que essa simetria pode ser possível. Somente com composições próprias, fizeram uma ótima apresentação, aquecendo o público para o peso do que estava por vir, tocando uma música a mais para cobrir o atraso de um dos músicos da próxima banda.
Foram seguidos pelo metal melódico da Fire Angel, uma das bandas mais conhecidas no estado, levou uma grande quantidade de pessoas para pertinho do palco, cantando as letras das músicas autorais e agitando muito. Weber Lucena trouxe uma guitarra coesa, que evidenciou uma formação mais sólida na banda, executando covers aclamados de Eletric Eyes, de Judas
Priest e The Number of The Beast, do Iron Maiden. Apenas os comentários do vocalista, que por sinal mantém a impressionante precisão na voz, em relação a atritos com pessoas do meio fugiram do clima de união e animação.
Na produção do evento, ponto positivo para os dois palcos, enquanto uma banda executava sua última música, a outra já afinava seus instrumentos e começava sem intervalos, ajudando a manter uma forte empolgação.
A próxima é Soldier, uma banda de estrada que estava fora de atividade, porém não correspondeu as expectativas no retorno, pareciam desanimados, em desalinho com a agilidade e peso da guitarra de Junior Jansen. Não conseguiu estimular a galera e o salão esvaziou. O heavy metal precisa de uma postura marcante da banda no palco e o vocalista lendo a letra acabou perdendo a energia. O público deslocou-se para a parte externa, onde os motociclistas dos motoclubes locais faziam uma entrada chamativa com máquinas posantes, muito ronco de motor e roupas de couro.
A banda Scalpo com o seu "thrashcore" e um grande público já fiel chamou atenção pela mudança sonora para uma pegada realmente thrash metal, com solos marcantes do guitarrista Jardel Costa, bastante evidente com um trabalho de força, sentimento e qualidade nas duas bandas da qual faz parte. A galera atendeu ao chamado de "Vamos Quebrar" do vocal Moza e pogueou ao som da autoral Let´s Brake. Depois foi a vez do cover de Yesterday Don't Mean Shit, do Pantera (mais um destaque para o solo preciso) e uma das surpresas da noite: o dueto com o vocalista Max Dean da Survive em Be Quick or Be Dead, do Iron Maiden.
O vocal Max Dean estende a intensidade da participação no palco B com a Survive. Pelo problema da altura estourada nas caixas, não foi uma das melhores apresentações, mas a marca registrada da habilidade e vigor agitou os headbangers que mais uma vez, ansiosos, precipitaram a "brincadeira" do choque lado A x lado B para roda de pogo, mostraram conhecer as músicas
autorais da banda e aclamaram os covers Through Struggle e An Ocean Between Us, do ícone do metalcore As I Lay Dying.
Como mais uma representante do metal extremo, vem a Suicide Spree e seu gutural poderoso acompanhado do estilo marcado pelo death melódico. Os músicos da banda, especialmente o baterista, demonstram virtuosidade, porém falta uma certa vibração nos arranjos, que acaba não acompanhando a vitalidade do vocal.
A essa altura o público estava entusiasmado, numa carga de energia forte, agitando muito. O curto tempo entre uma banda e outra não dava chance para que os ânimos acalmassem. E veio a convidada de Porto Velho (RO), Bedroyt. As frases de exaltação ao público misturando português e inglês exibia o carisma do vocalista e guitarrista Gustavo Erse, de solos expressivos. "It´s Hard Rock Fuckin' man!". Os músicos cumpriram a fórmula do bom e velho hardrock, mas as músicas próprias agradaram mais que a nova roupagem para Don´t Talk to Strangers, do Dio.
A inquietação para a entrada da grande convidada do V Feliz Metal exaltava os bangers, ainda com toda disposição e sangue quente do bate cabeça contínuo acompanhando 12 bandas, sem intervalo. Nesse momento houve uma parada para o anúncio dos vencedores do Prêmio Heavy Metal Masters Acre 2008, uma votação pública que escolheu os músicos destaque do cenário heavy metal acreano através do blog Metal Acre, causando uma excitação ainda maior pela divulgação e comemoração dos escolhidos nas categorias guitarrista, baixista, baterista, vocalista, banda destaque, banda revelação e evento. Após a entrega de prêmios simbólicos e devidas homenagens, com tudo preparado, a tortura tem início.
Entre o suspense da intro e o primeiro grito "Hey, Headbangers!" de Vitor Rodrigues foi uma explosão. A partir daí ninguém mais ficou parado, Torture Squad trouxe para Rio Branco o som mais extremo que a cidade já ouviu. A habilidade na execução impressionava e provocava os headbangers, que cantavam, bangeavam, pogueavam, o local fervia. Se tortura, no dicionário
Aurélio, significa ação de torcer, praticamente sem paradas a banda realmente torturou o público que aglomerava-se o mais perto possível, como querendo aproximar-se mais ainda do som. Todas as expectativas vindas através do reconhecimento da Torture Squad mudialmente foram provadas, mesmo os não adeptos do metal extremo impressionaram-se e renderam-se ao bangear inevitável. E totalmente satisfeitos, público, banda e produção despediram-se com Chaos Corporation de um dos marcos da história do heavy metal na cidade, o V Feliz Metal, com público presente de mais de 800 pessoas e 300 ouvintes na transmissão ao vivo pela rádio rondoniense PVH Caos.
Resenhas Silver Cry e Mártires por Arthur Cavalcante;Resenhas Wildchilld e Metal Live por Ítalo Rocha;
Resenha Raw Ride por Marcos Paulo P. Gomes;
Demais resenhas por Mayara Montenegro;
Fotos do V Feliz Metal no Flickr da Talita Oliveira. http://www.flickr.com/photos/talitaoliveira/sets/72157611625979127/
resenha retirado do blog Metal Acre, acesse: www.metalacre.blogpot.com
Já com um bom público e conforme o horário previsto, às 17 h sobe ao palco Silver Cry. As guitarras empunhadas estavam quentes e encorpadas, com sua DimeBag Model construída por ele mesmo, o guitarrista Jardel Costa chama bastante atenção, além de desenvolver uma técnica virtuosa e precisa. Abrir um evento para muitos é motivo de tristeza, mas dessa vez a história foi diferente, Silver Cry iniciou a festa, esquentou o público e deu o seu recado muito bem, deixando os Bangers de plantão preparados para a banda seguinte.
A segunda banda da noite pelo visto é uma das preferidas dos “The Darkness”, só perdendo para Survive: Wildchilld atraiu muitos deles pra próximo do palco durante sua apresentação. Comentários cretinos à parte, a banda deu uma amadurecida, apesar de que as guitarras estavam embolando um pouco, ainda. O teclado deixou a desejar na música Sixpounder, do Children Of Boddom, que deveria ser uma das mais fortes da banda. O show dos caras foi bacana e bem empolgante, tendo seu ápice na música Aces High, do Maiden, que ficou muito pancada!
O som no palco B infelizmente estava muito alto e atrapalhou a audição, mas não a ponto de estragar as boas apresentações.
Mártires é a terceira atração, com um estilo singular perante as demais bandas, apresenta-se de forma coesa, muito bate cabeça, cabelos assanhados e bastante suor. Trilhando ali pelo Death Melódico, a banda chama atenção pela presença de duas guitarras, trabalhando bases, solos e duetos, além das diversas linhas de vocal executadas pelo vocalista Vagner, do Scream ao Gutural. Por problemas internos a banda tocou sem contra baixo, o que não implicou em nenhum agravante. A banda fez uma apresentação marcante e segue evoluindo a cada vez que se apresenta.
Em seguida Metal Live começou muito bem, levantando a galera. o Renato (vocal e guitarra) passou muita energia, rolou mosh e tudo mais. O problema veio a partir da segunda música, a guitarra de Lucas Montezuma não tinha som, demorou pra consertar, o batera tava sem retorno, rolou uma pausa que prejudicou mais ainda os ânimos do público. Quando a banda retomou o show, o público já tinha esfriado. A insatisfação dos integrantes era extremamente visível ao final do show. Vale ressaltar a nova música, apresentada pela primeira vez.
Por volta das 18:20 h sobe ao palco a Raw Ride. Talvez a maioria das pessoas esperassem uma Dream Healer com novo baterista, mas eles surpreenderam. Se o público não pudesse ver os integrantes e ouvisse as primeiras músicas da banda, não lembraria nem um pouco da Dream Healer. Com um som mais pesado e rápido, fizeram uma boa apresentação, o vocalista parecia mais solto tanto no palco como no vocal, o instrumental também melhorou, destaque para o Beto (guitarra) com seus solos bem trabalhados e para o novo baterista que também ajudou na nova sonoridade. Os covers de Heavy Metal Universe, de Gamma Ray e The Ripper, de Judas Priest também não deixaram a desejar. Apesar da quase imperceptível falta de entrosamento, a Raw Ride não decepcionou. Para um evento de tal porte tocar pela primeira vez é uma grande responsabilidade e nesse ponto a experiência pode ter sido crucial para uma boa apresentação.
Zebulom foi a sexta banda da noite e logo de cara mostrou evolução no vocal, com um gutural mais técnico e solto, além da limpeza no som. Metal extremo e limpo não é uma tarefa fácil, mas a Zebulom demonstrou que essa simetria pode ser possível. Somente com composições próprias, fizeram uma ótima apresentação, aquecendo o público para o peso do que estava por vir, tocando uma música a mais para cobrir o atraso de um dos músicos da próxima banda.
Foram seguidos pelo metal melódico da Fire Angel, uma das bandas mais conhecidas no estado, levou uma grande quantidade de pessoas para pertinho do palco, cantando as letras das músicas autorais e agitando muito. Weber Lucena trouxe uma guitarra coesa, que evidenciou uma formação mais sólida na banda, executando covers aclamados de Eletric Eyes, de Judas
Priest e The Number of The Beast, do Iron Maiden. Apenas os comentários do vocalista, que por sinal mantém a impressionante precisão na voz, em relação a atritos com pessoas do meio fugiram do clima de união e animação.
Na produção do evento, ponto positivo para os dois palcos, enquanto uma banda executava sua última música, a outra já afinava seus instrumentos e começava sem intervalos, ajudando a manter uma forte empolgação.
A próxima é Soldier, uma banda de estrada que estava fora de atividade, porém não correspondeu as expectativas no retorno, pareciam desanimados, em desalinho com a agilidade e peso da guitarra de Junior Jansen. Não conseguiu estimular a galera e o salão esvaziou. O heavy metal precisa de uma postura marcante da banda no palco e o vocalista lendo a letra acabou perdendo a energia. O público deslocou-se para a parte externa, onde os motociclistas dos motoclubes locais faziam uma entrada chamativa com máquinas posantes, muito ronco de motor e roupas de couro.
A banda Scalpo com o seu "thrashcore" e um grande público já fiel chamou atenção pela mudança sonora para uma pegada realmente thrash metal, com solos marcantes do guitarrista Jardel Costa, bastante evidente com um trabalho de força, sentimento e qualidade nas duas bandas da qual faz parte. A galera atendeu ao chamado de "Vamos Quebrar" do vocal Moza e pogueou ao som da autoral Let´s Brake. Depois foi a vez do cover de Yesterday Don't Mean Shit, do Pantera (mais um destaque para o solo preciso) e uma das surpresas da noite: o dueto com o vocalista Max Dean da Survive em Be Quick or Be Dead, do Iron Maiden.
O vocal Max Dean estende a intensidade da participação no palco B com a Survive. Pelo problema da altura estourada nas caixas, não foi uma das melhores apresentações, mas a marca registrada da habilidade e vigor agitou os headbangers que mais uma vez, ansiosos, precipitaram a "brincadeira" do choque lado A x lado B para roda de pogo, mostraram conhecer as músicas
autorais da banda e aclamaram os covers Through Struggle e An Ocean Between Us, do ícone do metalcore As I Lay Dying.
Como mais uma representante do metal extremo, vem a Suicide Spree e seu gutural poderoso acompanhado do estilo marcado pelo death melódico. Os músicos da banda, especialmente o baterista, demonstram virtuosidade, porém falta uma certa vibração nos arranjos, que acaba não acompanhando a vitalidade do vocal.
A essa altura o público estava entusiasmado, numa carga de energia forte, agitando muito. O curto tempo entre uma banda e outra não dava chance para que os ânimos acalmassem. E veio a convidada de Porto Velho (RO), Bedroyt. As frases de exaltação ao público misturando português e inglês exibia o carisma do vocalista e guitarrista Gustavo Erse, de solos expressivos. "It´s Hard Rock Fuckin' man!". Os músicos cumpriram a fórmula do bom e velho hardrock, mas as músicas próprias agradaram mais que a nova roupagem para Don´t Talk to Strangers, do Dio.
A inquietação para a entrada da grande convidada do V Feliz Metal exaltava os bangers, ainda com toda disposição e sangue quente do bate cabeça contínuo acompanhando 12 bandas, sem intervalo. Nesse momento houve uma parada para o anúncio dos vencedores do Prêmio Heavy Metal Masters Acre 2008, uma votação pública que escolheu os músicos destaque do cenário heavy metal acreano através do blog Metal Acre, causando uma excitação ainda maior pela divulgação e comemoração dos escolhidos nas categorias guitarrista, baixista, baterista, vocalista, banda destaque, banda revelação e evento. Após a entrega de prêmios simbólicos e devidas homenagens, com tudo preparado, a tortura tem início.
Entre o suspense da intro e o primeiro grito "Hey, Headbangers!" de Vitor Rodrigues foi uma explosão. A partir daí ninguém mais ficou parado, Torture Squad trouxe para Rio Branco o som mais extremo que a cidade já ouviu. A habilidade na execução impressionava e provocava os headbangers, que cantavam, bangeavam, pogueavam, o local fervia. Se tortura, no dicionário
Aurélio, significa ação de torcer, praticamente sem paradas a banda realmente torturou o público que aglomerava-se o mais perto possível, como querendo aproximar-se mais ainda do som. Todas as expectativas vindas através do reconhecimento da Torture Squad mudialmente foram provadas, mesmo os não adeptos do metal extremo impressionaram-se e renderam-se ao bangear inevitável. E totalmente satisfeitos, público, banda e produção despediram-se com Chaos Corporation de um dos marcos da história do heavy metal na cidade, o V Feliz Metal, com público presente de mais de 800 pessoas e 300 ouvintes na transmissão ao vivo pela rádio rondoniense PVH Caos.
Resenhas Silver Cry e Mártires por Arthur Cavalcante;Resenhas Wildchilld e Metal Live por Ítalo Rocha;
Resenha Raw Ride por Marcos Paulo P. Gomes;
Demais resenhas por Mayara Montenegro;
Fotos do V Feliz Metal no Flickr da Talita Oliveira. http://www.flickr.com/photos/talitaoliveira/sets/72157611625979127/
resenha retirado do blog Metal Acre, acesse: www.metalacre.blogpot.com
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