Em sua quarta edição, o Feliz Metal - evento anual que reúne bandas de heavy metal do Acre, convidados da região Norte e de outros estados como Steel Warrior, de Santa Catarina, em 2005 - trouxe de Leme (SP) a banda de thrash metal Crystal Lake, que encerrou como a quinta banda, antecedida por Survive, Silver Cry, Fire Angel e Dream Healer, todas acreanas.
Nascido da iniciativa de amigos que uniram a música à ação social e, com o dinheiro arrecadado através da venda de latas de alumínio, organizaram um show beneficente, onde a entrada exigida era 1 kg de alimento não perecível, distribuído posteriormente em bairros periféricos de Rio Branco, capital do Acre, hoje o Feliz Metal já é parte da agenda cultural e principalmente, a grande expectativa na cena da música underground, como o maior evento de música voltado especificamente ao heavy metal no Estado. E não fugiu à regra. Em 2007, o evento que é durante todo o ano articulado pelos membros da Dream.Cry Produções, foi prestigiado por um grande público, o que resultou em mais de 100 sacolões.
Quem abriu o Feliz Metal, às 19:30 h, foi a banda Survive, metalcore cristão que tem se destacado na cena metal acreana e, mesmo sem o baixista oficial, mandou o peso do seu som com profissionalismo e energia, entre covers de As I Lay Dying como Forever , through struglle, Confined e as composições próprias A need a safe port, Lost e It Died.
Seguindo, a já experiente Silver Cry, heavy metal tradicional com Carolino Neto nos vocais, agitou o público com os clássicos Neon Nights, do Black Sabbath, Caught in the Middle, do Dio e Certain Days, do Rage, além de outras três músicas da banda. A interação do público era surpreendente, sem esfriar em nenhum momento, ajudado pela produção que segurou a onda para que nada atrapalhasse o andamento, veio Fire Angel continuar tocando fogo na galera, com suas já conhecidas Fire Angel, From the Sky, The Evil Son e ainda Rainbow in the Dark, mais uma homenagem ao grande mestre Dio, executada por uma das mais antigas bandas de heavy metal do Acre, agora com nova formação. Enquanto o som rolava, acontecia também a venda dos DVDs das outras edições do Feliz Metal, camisas, bottons e cds das bandas participantes.
Mais um ícone do metal acreano, Dream Healer foi a quarta da noite, com novos vocal e guitarra, o que aumentou a expectativa do público, correspondida positivamente e muito bem, com o coro em peso principalmente na A Dark World Shelter, música autoral da banda, Metal Heart (com solo muito bem executado, por sinal), da Accept e o êxtase em Seek and destroy, que foi pra destruir mesmo.
Nesse clima, a convidada da noite chegou e com vontade. Crystal Lake não se fez de rogada para detonar a rapidez dos riffs e o pedal duplo no seu thrash extremo, que faz falta entre o heavy tradicional e outras vertentes menos pesadas no cenário local, enlouquecendo rodas e cabeças dos headbangers, que, mesmo sem muito conhecer as músicas da banda, aprovaram com força o som de Marafo de Exu, Stay Away e Terror Machine e ganhando proporções maiores quando evocaram Sepultura e realmente “tocaram o terror” com Troops of Doom, Ratamahatta e Beneath the remains, que rendeu moshs e batedores de cabeça pelo palco. Meia noite e vinte o local ia sendo deixado por um público satisfeito e provavelmente muito cansado.
Explosão, essa é a definição do IV Feliz Metal. Uma produção que mostrou capacidade de organizar a estrutura que permitisse o resultado esperado e, como foi visto, ainda mais. Com a experiência do prejuízo de quase R$ 8.000,00 nas edições anteriores, a quantia cobrada atualmente como ingresso cobre algumas despesas logísticas e implementa a compra de donativos. E não acaba por aí, da movimentação do pré-evento e a consagração dos shows, veio a finalidade principal: a causa beneficente. No dia 29 de dezembro a equipe Dream.Cry (Ricardo Costa, Gabriel Andriele e Saulo Barros), demais colaboradores e interessados se reuniram para fazer a entrega dos 700 kg de alimento arrecadados às famílias dos bairros Laélia Alcântara e Novo Calafate, na periferia de Rio Branco.
O sucesso do Feliz Metal 2007 é um incentivo para que as bandas continuem produzindo música, os produtores continuem realizando eventos, os patrocinadores permaneçam apoiando o cenário do heavy metal e para que se tenha preocupação com ação não só artística como também social e política, como a doação de alimentos para famílias carentes e a articulação com órgãos governamentais e privados para produção desses eventos. Stay Metal!
Nascido da iniciativa de amigos que uniram a música à ação social e, com o dinheiro arrecadado através da venda de latas de alumínio, organizaram um show beneficente, onde a entrada exigida era 1 kg de alimento não perecível, distribuído posteriormente em bairros periféricos de Rio Branco, capital do Acre, hoje o Feliz Metal já é parte da agenda cultural e principalmente, a grande expectativa na cena da música underground, como o maior evento de música voltado especificamente ao heavy metal no Estado. E não fugiu à regra. Em 2007, o evento que é durante todo o ano articulado pelos membros da Dream.Cry Produções, foi prestigiado por um grande público, o que resultou em mais de 100 sacolões.
Quem abriu o Feliz Metal, às 19:30 h, foi a banda Survive, metalcore cristão que tem se destacado na cena metal acreana e, mesmo sem o baixista oficial, mandou o peso do seu som com profissionalismo e energia, entre covers de As I Lay Dying como Forever , through struglle, Confined e as composições próprias A need a safe port, Lost e It Died.
Seguindo, a já experiente Silver Cry, heavy metal tradicional com Carolino Neto nos vocais, agitou o público com os clássicos Neon Nights, do Black Sabbath, Caught in the Middle, do Dio e Certain Days, do Rage, além de outras três músicas da banda. A interação do público era surpreendente, sem esfriar em nenhum momento, ajudado pela produção que segurou a onda para que nada atrapalhasse o andamento, veio Fire Angel continuar tocando fogo na galera, com suas já conhecidas Fire Angel, From the Sky, The Evil Son e ainda Rainbow in the Dark, mais uma homenagem ao grande mestre Dio, executada por uma das mais antigas bandas de heavy metal do Acre, agora com nova formação. Enquanto o som rolava, acontecia também a venda dos DVDs das outras edições do Feliz Metal, camisas, bottons e cds das bandas participantes.
Mais um ícone do metal acreano, Dream Healer foi a quarta da noite, com novos vocal e guitarra, o que aumentou a expectativa do público, correspondida positivamente e muito bem, com o coro em peso principalmente na A Dark World Shelter, música autoral da banda, Metal Heart (com solo muito bem executado, por sinal), da Accept e o êxtase em Seek and destroy, que foi pra destruir mesmo.
Nesse clima, a convidada da noite chegou e com vontade. Crystal Lake não se fez de rogada para detonar a rapidez dos riffs e o pedal duplo no seu thrash extremo, que faz falta entre o heavy tradicional e outras vertentes menos pesadas no cenário local, enlouquecendo rodas e cabeças dos headbangers, que, mesmo sem muito conhecer as músicas da banda, aprovaram com força o som de Marafo de Exu, Stay Away e Terror Machine e ganhando proporções maiores quando evocaram Sepultura e realmente “tocaram o terror” com Troops of Doom, Ratamahatta e Beneath the remains, que rendeu moshs e batedores de cabeça pelo palco. Meia noite e vinte o local ia sendo deixado por um público satisfeito e provavelmente muito cansado.
Explosão, essa é a definição do IV Feliz Metal. Uma produção que mostrou capacidade de organizar a estrutura que permitisse o resultado esperado e, como foi visto, ainda mais. Com a experiência do prejuízo de quase R$ 8.000,00 nas edições anteriores, a quantia cobrada atualmente como ingresso cobre algumas despesas logísticas e implementa a compra de donativos. E não acaba por aí, da movimentação do pré-evento e a consagração dos shows, veio a finalidade principal: a causa beneficente. No dia 29 de dezembro a equipe Dream.Cry (Ricardo Costa, Gabriel Andriele e Saulo Barros), demais colaboradores e interessados se reuniram para fazer a entrega dos 700 kg de alimento arrecadados às famílias dos bairros Laélia Alcântara e Novo Calafate, na periferia de Rio Branco.
O sucesso do Feliz Metal 2007 é um incentivo para que as bandas continuem produzindo música, os produtores continuem realizando eventos, os patrocinadores permaneçam apoiando o cenário do heavy metal e para que se tenha preocupação com ação não só artística como também social e política, como a doação de alimentos para famílias carentes e a articulação com órgãos governamentais e privados para produção desses eventos. Stay Metal!
Resenha de Mayara Montenegro
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